No entanto, a Chanel agora vende um Boomerang. Fato.
Tão elegante como seria de esperar, é trabalhado a partir de madeira, com uma resina preta escura na maioria do objeto e a madeira exposta por baixo de uma camada de laca transparente na outra extremidade.
Como muitos dos outros produtos da empresa, também é muito caro, fazendo com que seja mais provável que o exiba em uma prateleira do que mandá-lo pelo quintal para ver se ele volta (e se não volta??).
Para a cultura indígena é um instrumento de defesa, para a Chanel é um acessório da coleção primavera/verão 2017 e que custa 2 mil dólares (cerca de 6.000 reais)!!
Um inusitado acessório é verdade, mas que não quer ofender ninguém, ao contrário do que os defensores da integridade moral aborígene (sejam eles quem forem…) quiseram dar a entender por toda a Internet (podem ver aqui mais sobre a polêmica).
Se vendemos “terços” de nossa Sra. de Fátima que custam milhares de dólares em ouro e diamantes, qual é o problema do boomerang??

Podemos sim criticar a grife pela falta de criatividade e originalidade… Aliás, estes não são os únicos itens relacionados ao esporte que a Chanel lançou nos últimos anos.
Eles tiveram de tudo, desde bolas de basquete até pranchas de surf.
Este também não é o único item relacionado ao esporte em sua linha SS17 atual! Os “outros acessórios” da coleção de desporto incluem um conjunto de três bolas de tênis ($570), uma raquete de tênis ($2,220) e um conjunto de raquetes e bolas de praia ($4.860), todos adornados com o cobiçado logotipo.
São acessórios que podem gerar muito buzz, como está mais que provado com o que se escreveu à custa do boomeramg.
E quando se trata de marcas de luxo, é sempre mais “porque se pode” do que “porque se precisa”.
A Chanel vende bolas de tênis, a Hermès vende pratos de porcelana e a Louis Vuitton luvas de boxe.
Eles são caros, você não precisa disso, mas você certamente quer.
Se você pode pagar, então ótimo! Mas se você não pode, então tem sua loja de esportes mais próxima, eles venderão praticamente o mesmo por uma fração do preço e na verdade até bem melhores para a função a que se destinam. E é isso.
São peças que não ajudam a construir marca, mas que vão entretendo o cliente-alvo.
E um plus: o pessoal do What’s Inside? fez alguns teste com ele e acho que não pegaram leve: