No meu último artigo aqui para o Comunicadores eu expliquei o que é storytelling da maneira mais simples, com a regra dos 3 Gs: a Guy, a Girl and a Gun. Isso quer dizer que, para ser um storytelling, necessariamente tem que ter um protagonista em busca de um objetivo e que, para alcançá-lo, ele vai enfrentar desafios. No final de tudo, ele aprende com os objetivos e se torna uma nova personagem e nós, expectadores, acompanhamos essa mudança e aprendemos com ela também.
Olha só esse detalhe: os expectadores aprenderam com a história. Então é possível transmitir mensagens deliberadas dentro de histórias? Sim, é possível e isso não é nem um pouco novo. Washington Olivetto fez isso na micro história do primeiro sutiã (tem protagonista, objetivo, desafio), e na Bíblia, os ensinamentos cristãos eram transmitidos através de histórias. Não estamos inventando nada novo, somente aplicando em uma nova mídia: as apresentações.
Contar histórias em apresentações é um recurso criativo que pode funcionar em alguns casos. Digo alguns casos, porque não é sempre que ele dá resultados. Não é sempre que um recurso lúdico, que transporta a audiência para um outro lugar, que trabalha analogias e a imaginação é bem-vindo. Para funcionar, é preciso avaliar o tema da apresentação, o ambiente, o público-alvo, a resistência que você vai enfrentar para apresentar e também, o apresentador. Muitos bons apresentadores não são bons contadores de histórias.
Mas lembre-se: não é porque estamos falando de apresentações, sejam elas em Powerpoint, Keynote, Prezi ou qualquer outra mídia que podemos esquecer a regra: para ser storytelling tem que ter protagonista, objetivo e conflito. É muito comum vermos falsos storytellings em apresentações circulando por aí, enganando seus apresentadores, ou seus públicos, ou os dois, o que é muito pior.
Há quem chame qualquer texto de storytelling: se a pessoa abriu o Powerpoint e escreveu 10 slides de conteúdo, já é uma história. Há também aqueles que não querem conflitos nas suas histórias. Talvez porque queiram preservar a integridade das empresas onde trabalham. Assim, suas histórias ficam sem graça, e não cativam ou se conectam com o público. O conflito, ou os desafios enfrentados pelo protagonista servem para o público torcer por ele e se conectar com a história. Sem ele, a história passa a ser descartável.
Você tem dúvidas sobre o que é uma apresentação com storytelling? Traduza a palavra para “história” e julgue: sua apresentação conta uma história? Fica mais fácil assim de entender. Agora, você tem dúvida de quando utilizar uma apresentação com storytelling? A marca de corte que eu uso é a resistência. Dependendo do grau de resistência que você vai enfrentar do seu público-alvo na hora de se apresentar, vale a pena trocar a sua apresentação por uma história. As pessoas são mais abertas a ouvir uma história do que ver uma apresentação.
Na hora de criar uma apresentação com storytelling, não se esqueça de seguir a regra básica dos 3Gs das histórias e pese as condições do ambiente: tema, público, resistência e a mensagem que você quer transmitir.
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Conteúdo criado em parceria com MonkeyBusiness – www.monkeybusiness.com.br
Apresentações criativas que dão resultados. Essa é a proposta da MonkeyBusiness, agência que une planejamento, estratégia e imersão no cliente, com roteiro e design para criar apresentações inteligentes que garantem resultado.
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