Com popularidade ascendente, a arte NFT prometeu revolucionar a indústria criativa e se tornou o centro de diversas discussões (e controvérsias) nos últimos meses, especialmente em redes sociais como Twitter e TikTok.
Mas afinal o que é NFT e como ele pode afetar a vida dos comunicadores visuais? Essas e outras questões serão abordadas a seguir.
O que é NFT?
Em termos gerais, a arte NFT é um artigo digital que existe apenas no universo virtual, mas que pode ser tido e vendido como propriedade. Ele pode assumir diversas formas, desde uma obra de arte tradicional até um artigo ou mesmo um meme.
A sigla NFT vem de “Non Fungible Token” (“token não fungível”, em tradução livre), o que basicamente significa que o artigo NFT não pode ser valorado de maneira mecânica, sendo um trabalho exclusivo e, portanto, passível de ter seu valor no mercado aumentado ou diminuído a depender das circunstâncias, exatamente como qualquer tipo de investimento.
Com a crescente popularidade, o formato tem despertado o interesse de artistas digitais e suscitado enormes discussões sobre sua segurança, sendo relacionado, por exemplo, com esquemas de coleta ilegal de endereço IP.
É claro que a busca pelo IP não é um trabalho extraordinário; basta procurar pela página “qual é meu IP” da NordVPN (https://nordvpn.com/pt-br/what-is-my-ip/) para encontrar essa informação. Mas, de qualquer modo, o uso dos NFT para fins parecidos decerto não transmite muita confiança aos seus usuários.
O que o NFT pode significar para os artistas virtuais?
O surgimento dos NFT pode impactar a vida dos criadores virtuais de diversas maneiras. A mais óbvia delas se refere à propriedade das obras criadas. Com o estabelecimento de uma autoridade real e concreta sobre os trabalhos digitais, os criadores poderão ter maior controle sobre como suas obras são expostas, divulgadas, vendidas ou usadas na rede.
Isso, em última instância, vai possibilitar que os artistas digitais tenham reconhecimento formal por seu trabalho, assim como qualquer pintor ou desenhista do plano material. A questão, até o momento, é saber como e quando isso tudo será regulado na lei de cada país.
No lado financeiro, o formato NFT oferecerá novas oportunidades de renda para esses profissionais, que poderão monetizar seu trabalho, ganhando tanto por meio de vendas e contratos de criação, quanto segundo um fluxo passivo, na forma de royalties pelas suas obras.
No mesmo sentido, os espaços de divulgação serão bem mais inclusivos, abrindo as portas para que novos artistas possam se inserir no meio e, deste modo, não apenas fazer uma carreira, mas também conseguir expor e vender suas obras em nível global.
Por outro lado, se o NFT amplia a visibilidade a novos consumidores em potencial, ele também traz uma maior instabilidade em matéria de preço. Isso porque o mercado dos NFT está intimamente atrelado às criptomoedas, então, o valor das artes pode variar de maneira drástica a depender do contexto monetário dessas moedas.
O resumo da ópera, portanto, é que ainda é muito cedo para um veredito sobre o impacto dos NFT na vida dos criadores virtuais. As promessas são muito interessantes, mas a incerteza não é pouca. Resta esperar nos próximos meses para ver se, com maior regulação legal, esse mercado se consolida de vez ou desaparece, como várias outras tendências do passado.
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