Acredito que a maioria de vocês acompanhou a polêmica da mais recente campanha do Banco Itaú ao modificar propositalmente a palavra digital para digitaú, onde o até o Conar foi alertado.
Pois bem, parece que essa não foi a primeira vez que o banco usou da liberdade poética da redação publicitária para brincar com criatividade com a escrita de uma palavra. Ao conferir com mais atenção o portfólio de um dos grandes redatores brasileiros, o Eugênio Mohallem, me deparei com essas duas peças criadas por ele lá em 1993 para Itaú Seguros.
Os anúncios, criados na época na agência DM9, promoviam um dos serviços de seguro saúde da empresa, o intitulado ‘Hospitaú’, e como podem conferir, tinha a grafia modificada como foi no caso do digitau.
Mais uma vez acho que a sacada foi excepcional e reforço que não são publicidades criativas desse tipo são a causa de excesso de erros de português que diariamente lemos ou nos deparamos.
Não tenho informações que se naquele ano o Conar foi notificado (já que a organização foi criada em 1950) por algum leitor que se viu ofendido pela ‘escrita errada’ da palavra. Mas fica aqui o registro de mais um ótimo exemplo de redação publicitária.
Mas e você? O que acha dessa liberdade poética que a redação publicitária permite?
Excelente, não me lembrava do Hospitaú rsrs
Bem lembrado. Acho que nessa época as pessoas tinham mais o que fazer do que reclamar de propaganda.
Credo, hoje não se pode fazer nada, vagabundo vai lá e taxa de alguma coisa.
Concordo com o Washinton Olivetto, quando diz que se fosse hoje a campanha do primeiro sutiã não passaria.
Olha só, Hospitaú pelo grande Eugênio… Pois é, o mundo se problematiza, se corrige, se polemiza, e no fim, sempre se rodeando.